Insegurança

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

(imagem da web copiada do blog http://taykatrine.blogspot.com)

Ele acordou aquele dia e maquinalmente iniciou sua rotina, banho, trabalho, café, exatamente nessa ordem, até então talvez nem tivesse acordado completamente, até alguém lhe dizer algo e ele esfregar os olhos, desde então sua mente volta ao dia anterior e lembra-se do contato com o outro, apenas amigos, só que talvez, há algum tempo o tratamento entre os dois tenha ficado... Diferente!
Encontram motivos bobos para se tocar, para se abraçar, para conversar, ou apenas olharem-se mutuamente.
Ele pensa se aquilo não seria um devaneio, talvez estivesse enfeitando a realidade, mas ele nunca sabe quando é real, na verdade ele nunca acredita quando é real, pelo menos até que se comprove de alguma forma, pensa em si mesmo como uma pessoa maliciosa, porém provavelmente só é um cara muito inseguro.
Ele não sabe como agir, pensa em esquecer isso, provavelmente seja só a sua imaginação outra vez, mas bem que poderia ser real... Impossível parar de pensar...
Melhor voltar ao trabalho.

Quase amores

quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Ah esses meus quase
Que por pouco não são
Fazem os olhos fascinarem
Só que nem tão perto de perder a razão
Exceto aquela vez
Na qual em quase plena estupidez
Sobressaltou-se a emoção
Metamorfoseando obsessão

Ah esses meus quase
Que por causa daquilo são o que são
Culpa da amarga desilusão
Refugio-me nesta base
Nesse escudo que asfixia
Dedilhando as rachaduras
Quelóides de injurias
Falhas dessa criada camada fria
Corpo fechado
Coração lacrado
Armadura vulnerável
Mas que acaba por vencer
O breve efervescer
O curto fascínio
Abafando ainda no ninho
E arrancando as asas do passarinho

Ah esses meus quase
Que por vezes vem e vai
Sentimento gostoso, vira dor que cubro com gaze
Paixão jamais correspondida, nunca satisfaz
Tais quase procuro evitar
Culpa da fase obsessora
E do medo de se deixar dominar
E a questão que fica, o coração voltará a disparar?