Ah esses meus quase
Que por pouco não são
Fazem os olhos fascinarem
Só que nem tão perto de perder a razão
Exceto aquela vez
Na qual em quase plena estupidez
Sobressaltou-se a emoção
Metamorfoseando obsessão
Ah esses meus quase
Que por causa daquilo são o que são
Culpa da amarga desilusão
Refugio-me nesta base
Nesse escudo que asfixia
Dedilhando as rachaduras
Quelóides de injurias
Falhas dessa criada camada fria
Corpo fechado
Coração lacrado
Armadura vulnerável
Mas que acaba por vencer
O breve efervescer
O curto fascínio
Abafando ainda no ninho
E arrancando as asas do passarinho
Ah esses meus quase
Que por vezes vem e vai
Sentimento gostoso, vira dor que cubro com gaze
Paixão jamais correspondida, nunca satisfaz
Tais quase procuro evitar
Culpa da fase obsessora
E do medo de se deixar dominar
E a questão que fica, o coração voltará a disparar?
Promessa é dívida...
Há 14 anos
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