FELIZ NATAL!

sábado, 24 de dezembro de 2011



Saiu à francesa, como dizem!

Depois das famosas badaladas, que ninguém realmente ouviu por não ter nenhuma igreja por perto, dos abraços emocionados, dos cumprimentos por obrigação, ele fugiu...

Família é algo entediante, exceto por cozinharem pratos deliciosos em datas como esta, então é sempre bom se afastar de conversas vagas e ir comemorar com os amigos, ou pelo menos ele pensou que fosse.

A verdade é que o natal é uma coisa chata por natureza, apenas divertido para as crianças, quer dizer, para aquelas que ganham brinquedos e tem a sorte de nascer numa família que consegue no mínimo ter uma ceia de natal. É comum esquecer ou ignorar o fato de que muitas famílias simplesmente encaram essa data como mais uma qualquer do calendário, apenas por nada, nenhum milagre, acontecer em suas vidas.

Nessas horas ele se sentia mal pelo mal estar e vazio que sentia, era a consciência disseminando a ideia de que ele não poderia sentir dor, já que aparentemente ele não tinha esse direito, ou seja, poderia ser pior se ele não pudesse comer uma fatia de peito de peru ou farofa com passas por exemplo, aliás ele nunca gostou de passas.

Chegou à reunião de amigos, a maioria alterada pela bebida, eufóricos e ansiosos pela balada, balada especial de natal, atração principal: Qualquer DJ internacional.

As mulheres exibindo as jóias que acabaram de ganhar, os homens com os tênis corrigidos, conversando sobre as descrições mirabolantes de amigos secretos, reclamando que deram coisas tão caras e receberam presentes tão singelos. E alguns ainda falando sobre ficar loucos.

Ele apenas deu as costas, entrou no carro, ergueu os vidros e voltou para casa, onde a família continuava sentada em círculo conversando trivialidades, contando histórias do passado, dando risadas entre uma torta de frango e uma mousse de maracujá, banhados em sidra cereser.

Então ele se deu conta, de que não havia lugar melhor para estar naquela noite.

Frio na barriga, mas só na barriga!

domingo, 10 de julho de 2011
Já passaram alguns dias e ainda sinto frio na barriga – Que podia ser devido ao tanto de comida que eu ingeri no almoço de família, que também era a comemoração das duas décadas de vida do meu irmãozinho – Entretanto eu sei que o motivo real é outro, mas decidi não me preocupar, ainda tenho bons dias pela frente para enfrentar essas lembranças insistentes maculando as minhas tão sonhadas férias, nas minhas raízes e origens.
Estou feliz nesse exato momento, apesar de ter levado um bolo de um amigo e ter descartado o convite de outra amiga porque já tinha marcado com esse amigo, isso talvez seja bom, hoje fico em casa bem tranquilo e aproveito pra fuçar esse computador e organizar todas as minhas coisas a serem transportadas nessa rede abstrato-concreta de tecnologia, me acompanhando ao meu nem tão novo lar: Curitiba!
Provavelmente eu escreva mais nessas férias, então mais cedo ou mais tarde apareço de novo com alguma coisa útil ou não, da qual eu provavelmente não sei de nada!

Quebra-cabeça do desenho de uma ovelha

segunda-feira, 23 de maio de 2011

(imagem copiada da web)

Frases gozadas que se atam na mente

Risos rimados

Sorrir livremente

De pérolas do sarcasmo

Mentiras verdadeiras

de reflexões infundadas

Dissecadas

De uma ovelha desgarrada

Antes nem ponderadas

Diálogo que provoca

e expulsa do conforto do marasmo

Presença que nutre a alma

Enriquece os dias

Embaralha as idéias

imaginativas de conceitos

que se perdem e se constroem

Complexo quebra-cabeça

Cativo e necessário

Companheiro solitário

Nada que obedeça

a passagem consagrada

Além das necessidades básicas

Sem precisão de explicar

Só bom e bem estar

Irís de Mel

quinta-feira, 28 de abril de 2011
(imagem copiada da rede)



Irís de Mel


Vivacidade em mel feito de pureza

Mirando estanque e misterioso

Sorrir sem dentes, sem esperteza

Falta malícia e ar jocoso


Graça e aura leve

Cessou a primeira impressão de frieza

Derreteu no calor a neve

Em sol frio de nublada beleza


Breves doses de prosa

Causando algum estranhamento

Esse contato repentino


Dissipando o acanhamento

Com espírito jovem de menino

Mel como o da ilha, o lugar que mais gosta

Pobre ou rica?

terça-feira, 19 de abril de 2011
(imagem copiada da página http://breadosonline.blogspot.com/2009/10/imagens-da-amazonia.html)

Criança do interior

olhando o rio

sozinha

A única de um lar pobre

que nem sabe se sabe sonhar

As vezes inventa brincadeiras

Quando não ajuda os pais na lida

Senta na beira do rio

Alcança o horizonte

E pensa que o mundo acaba ali

Pobre ou rica criança?


Neste Instante

quarta-feira, 13 de abril de 2011
(imagem copiada da web)


Neste instante meu corpo sente falta de algo

Seu abraço apertado

Com o qual preciso me contentar

Até o dia que precise dele sem tanta penúria


Neste instante meus olhos queriam refletir você

Apreciar suas expressões

Aliviando sua ausência na maior parte do tempo

Até o dia em que te olhar, apenas provoque um simples bem estar


Neste instante meus ouvidos estão surdos

Porque queriam te ouvir

Até o dia em que seu tom, deixe de ser música


Quem dera apenas neste instante

Cobiçasse sua compleição

E que amanhã te sentisse só um irmão

Desconforto

terça-feira, 5 de abril de 2011
Imagem copiada da web http://myllenahelena.blogspot.com/2010/09/marca-de-uma-lagrima.html



Eu senti vontade de chorar

E achei que se deixasse a tinta da caneta riscar o papel

Talvez compensasse a falta de lágrimas

Não compensou

Ainda há um desconforto no coração

Mas não é por isso que escrevo

E sim porque o papel me permite sentir compaixão

Por mim mesmo

Pelos outros

Porque tenho um coração

Sem cobranças

domingo, 6 de março de 2011
(imagem copiada da web)


Hoje descobri que talvez eu não tenha alguém pra ligar de madrugada, mas a felicidade que transborda dos meus poros neste instante, nem me permite qualquer depressão, poderia contar até para um estranho o quanto absorvi daquele perfume, do quanto eram macios os objetos do seu corpo que utiliza para falar, do quanto eu posso estar fudido por isso ter acontecido. Tem alguém acordado pra me ouvir agora? Acho que não, ninguém gritou, ninguém disse “estou aqui!”

Hoje nos olharemos e eu espero não cobra-lo, talvez ele tenha medo disso, mas não quero cobra-lo, sei que foram as doses etílicas que regeram o momento, mas o que me consola é que o álcool só nos faz soltarmos as nossas feras, deixando que elas comam do que quiserem, nada de vampiros que não aproveitam o sangue humano, nada de bruxas boazinhas ou fadas malvadas, a natureza pura que se manifesta e é a verdade.

Gargalhadas explodem em meu peito, um riso satisfeito de desejo realizado, tão desejado desde que ele disse “um desejo, quando bem desejado, pode se tornar realidade” e dane-se a culpa, foi mágico pra mim, foi bom pra ele que disse “eu também curti”, vontade satisfeita, não desejo cobranças...

Por mais louco que eu fique, sempre vou poder absorver esse cheiro, por mais louco que eu fique de vontade de sentir o seu gosto, sempre vou te ter por perto, mesmo que numa lembrança gostosa, pelo menos eu soube esperar, contudo acho que agora será daqui pra frente, sem cobrança, sem lágrimas, sem esperanças, te tive e te perdi, agora você vive e eu também continuo vivendo.

Macacos e Marulas

(imagem copiada da web)


O que faz de você, uma pessoa diferente? O caráter? A simplicidade? Ou sua maneira de agir?
Pessoas. Macacos, eu diria. Por questão de serem animais e não por antecedência arqueológica. Animais, os quais, respeitam alguns e desrespeitam outros. Amam inocentemente poucos, desconfiam de muitos. Eles são todos parecidos, os macacos, nós também. Entretanto, independentemente da espécie, possuímos um diferencial. O ato de pensar. Mas macaco não pensa! É claro que pensa, se não pensasse, não comeriam Marulas da selva Africana para se sentirem, digamos, felizes. Nós, humanos, também fazemos isto... saímos, bebemos, rirmos e quem sabe amamos.

Sobre o Arco-Íris.

sexta-feira, 4 de março de 2011



undertongue

Casulo

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
imagem copiada da internet



Às vezes eu me pego pensando em você mais do que o normal, na verdade já deixou de ser normal há algum tempo. Quero dizer... Paixão é normal? Se for, não preciso me preocupar tanto, a não ser pelo fato de que vou dormir pensando em você e acordo pensando de novo, no seu sorriso bobo, no seu abraço apertado, no roçar da barba, no toque das suas mãos em meu cabelo, mesmo quando diz para eu cortá-lo.

Gosto quando você senta ao meu lado e encosta a cabeça em meu ombro... Provoca-me a vontade de te proteger do medo, do escuro, da maldade das pessoas e do mundo. Ai você me abraça de novo e sinto o seu perfume, seus diversos cheiros, do natural ao de frutas ou chá que você tanto gosta. Depois me mostra o sorriso bobo e lindo que aquece o meu espírito e me faz gostar ainda mais de você.

Nem fico destruído quando você fala dos outros, mas guardo apenas para mim o desejo intimo de que fosse eu em seus pensamentos... Você me chama de “amor”, querendo dizer amigo e eu querendo entender o sentido literal desse vocábulo, ao mesmo tempo em que tento não ficar tão vulnerável e entregue a esse sentimento.

Mas é tarde de mais, você já trincou meu escudo, já rachou meu casulo, que por pouco ainda não quebrou, ainda me protejo com as minhas asas, faço isso pelo medo da dor e fico em dúvida se devo abri-las ou se devo continuar no conforto do encapsulamento.

Lidar com isso é tão confuso, que só o que penso ser capaz é deixar que o vento me leve pelo melhor caminho e no melhor sentido em que não haja erros, mesmo que não possa ser perfeito.

Observar você chegando, voando e batendo as asas coloridas, me deixa admirado e fascinado... Ai você me nota, às vezes ignora, às vezes ri de volta como resposta ao sorriso involuntário que me formo ao te olhar, sem malícia eu acho, sem malícia eu sei.

Só me resta ser sincero, comigo e com você, porque o que eu sinto é puro e nada mais importa.

Lagarta

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Imagem copiada da internet

Era uma vez um garoto e onde ele morava havia um jardim, que todos os dias era visitado por um beija-flor, o garoto encantado ao ver aquele pequeno ser, amou-o desde o início, era o seu beija-flor, que não vinha todos os dias apenas pelo néctar das flores, mas também pela companhia do menino e os afagos com os quais lhe presenteava.

Às vezes, o garoto fechava a pequena ave em suas mãos e depois de um longo tempo o soltava, o pequeno ser não se importava, talvez por amar o garoto.

Mas um dia depois de muito tempo, o beija-flor voltou, contudo não sozinho, havia outro igual a ele e quando o menino se aproximava, os dois voavam para longe, foi então que uma grande depressão tomou conta dele e só depois de muito remoer seus sentimentos, aprendeu que o pequeno animal era livre e que grande parte de sua beleza era resultado de tal liberdade, aprendeu também que por mais que o amasse, jamais poderia obrigar o animal a ficar para sempre com ele.

Porém tudo deixa marcas, algumas boas, outras ruins, então o garoto foi crescendo e se tornando um homem e à medida que crescia, se formava em volta dele um casulo, casulo esse que acabava por bloquear sua visão e já não lhe permitia mais ver a beleza de qualquer beija-flor, pelo menos não a mesma beleza que o fazia se sentir tão bem e encantado, apenas uma beleza que cansava e que depois de algum tempo desinteressava seus olhos, lhe garantindo apenas alguma satisfação efêmera.

Até que um dia, andando a esmo foi parar no seu jardim, o qual estava fechado e mal cuidado, ele sentou na terra já seca e uma lagarta perdida lhe encontrou, disse-lhe que estava apaixonada, respondeu-lhe que há muito não se permitia apaixonar-se, a lagarta retrucou que a paixão só depende de si mesmo e que é possível ter muitas paixões na vida, em seguida ela partiu suspirando pelo caminho.

O garoto, já quase homem, teve medo, a lagarta de alguma forma trincou seu casulo, bem no instante em que uma borboleta passava despreocupada pelo jardim, ele olhou pela fresta causada em seu casulo, pela lagarta, e sentiu uma pontada no coração, um frio na barriga e um medo muito grande, mas a borboleta era linda e quanto mais se esforçava para ver melhor, mais o casulo rachava, ele tinha medo, ficando cada vez mais desprotegido, sem saber o que aconteceria dali para o futuro...

Viver é bom... Nas curvas da estrada...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Solidão


Aqui, mendigando um pouco de atenção

A barriga no colchão

Quero o mesmo sexo

Quero pão

E amor sem nexo

E paixão sem sexo

Não quero foda nem felação

Só carinho e comichão

Sentir tesão

Menor que a emoção

Só o toque

Sem malícia

A mão amiga

Sem masturbação

Quero você que não conheço

Esse você que não esqueço

Mas é desconhecido pela razão

Se existe, não te vejo

Tateio tudo pela escuridão

Por que foge no inverno

Por que retorna no verão

As vezes sinto estar no inferno

Tendo esmagado meu coração

Esperando que me leve ao céu

Provavelmente esperando em vão